O mercado dos combustíveis começa a sofrer mais uma pressão sobre os preços de mercado: a redução na oferta. Segundo reportagem nesta terça-feira (22/3) do jornal O Popular, postos reclamam que, nas últimas semanas, receberam até 30% menos produto que o volume inicialmente programado nos pedidos. Alguns postos chegaram a ficar dias sem estoque.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, disse para o jornal que o problema da redução na oferta afeta bem mais o diesel e a gasolina, mas os postos também chegam a receber menos etanol. A informação repassada pelas distribuidoras é que a Petrobras estaria cortando os pedidos recebidos em até 30%.
A justificativa para o problema seria a defasagem dos preços praticados hoje pela estatal em relação ao mercado internacional.
Aí vem o que você, consumidor, já esperava: o Sindiposto afirmou que esta suposta escassez já se torna um gatilho para novos reajustes de preços nas bombas.
Importar etanol
A boa notícia é que o governo federal anunciou ontem que vai zerar o imposto de importação do etanol até 31 de dezembro. Atualmente, o imposto é de 18% sobre o etanol que venha fora dos países que integram o Mercosul. A decisão pode baratear o litro do etanol comum e do aditivado vendido nos postos e ajudar a conter a alta de preços da gasolina – que, por lei, é misturada com uma parcela de etanol antes de chegar ao tanque do carro.
É esperar que a redução da carga tributária também chegue aos preços dos postos de combustíveis.