Pela primeira vez, o Ministério da Economia prevê estouro da meta de 3,75% para a inflação neste ano. A expectativa atual é que chegue a 5,9% em 2021. Porém, destacou que a inflação está “ancorada” e deve diminuir em 2022, fechando o próximo ano em 3,5%, no centro da meta. O Ministério também aumentou sua previsão de alta no PIB para 5,3%.
Pressionada pela energia elétrica e gás, a inflação dos brasileiros mais pobres encerrou o mês de junho quase duas vezes maior que a dos mais ricos. Para o ministro Paulo Guedes, as cobranças adicionais nas contas de luz neste ano antecipam e evitam uma crise em 2022 (ano de eleição), classificado por ele como “um ano crítico”.
A pressão de Guedes para o congelamento do preço de aço pesou no Ibovespa apesar do cenário externo mais otimista. O índice ficou em +0,19%, aos 128.406,51 pontos, após o ministro dizer que fez um acordo informal com siderúrgicas para preços não subirem mais até o fim do ano. No entanto, caso não cumpram, ameaçou, reduzir os impostos de importação da commodity para aumentar a concorrência.
Enquanto isso, o dólar teve forte queda para R$ 5,08 depois do presidente do banco central americano dizer no Congresso que seria um erro mudar a política monetária de forma prematura.