A expectativa de vida aos 60 anos para as mulheres em Goiás vem crescendo ao longo dos anos. Em 2022, era de 23,1 anos, um aumento de 1,2 anos em relação a 2011. Apesar do progresso, esse valor ainda está abaixo da média nacional de 24,8 anos e da média da região Centro-Oeste (24,1 anos).
Em comparação com os homens em Goiás, a expectativa de vida das mulheres é 2,9 anos superior. Essa diferença foi menor do que a observada no país (3,8 anos).
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (7/3), são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Mortalidade infantil
Em 2013, a taxa de mortalidade infantil feminina em Goiás era de 15,3 por mil nascidos vivos, enquanto a masculina era de 16,3. Ao longo dos anos subsequentes, a taxa feminina apresentou variações, atingindo o valor mínimo da série em 2020 (12,2). Em 2021, a taxa foi de 13,0, o que representa uma redução de 15% em relação a 2013.
Mesmo com a redução da taxa goiana ao longo dos anos, a média do estado continua superior à nacional. Em 2021, a taxa de mortalidade infantil feminina no Brasil era de 12,5 por mil nascidos vivos, enquanto em Goiás era de 13,0.
Mortalidade materna
A razão de mortalidade materna em Goiás apresentou um trajeto irregular entre 2009 e 2022, com períodos de queda e alta, como mostram os dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Em 2009, a razão de mortalidade materna em Goiás era de 50,7 por 100 mil nascidos vivos, inferior à média nacional de 72,4.
No entanto, nos anos subsequentes, a taxa goiana oscilou, chegando a um pico de 70,5 em 2012 e a um ponto baixo de 53,8 em 2014. A partir de 2015, a razão de mortalidade materna em Goiás apresentou estabilidade até 2017.
No entanto, a pandemia de Covid-19 impactou negativamente esse indicador, com um aumento significativo em 2020 (90,5) e 2021 (153,9). Em 2022, a taxa voltou a cair para 59,1, voltando a níveis inferiores ao pré-pandemia.
Comparando com a média nacional, Goiás apresentou um desempenho melhor em 7 dos 14 anos analisados. No entanto, em 2020 e 2021, a taxa goiana superou significativamente a média nacional, que foi de 74,7 e 117,4, respectivamente.
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