Uma das marcas de moda mais populares do Brasil, a indústria catarinense Hering foi vendida em abril deste ano para a o grupo Soma numa negociação avaliada em mais de R$ 5 bilhões. Com os novos donos, a empresa voltou a ter capacidade de investimento e aumentar seu faturamento. Portanto, havia uma boa expectativa para as suas fábricas em Goiás, que estavam até o ano passado praticamente inoperantes (leia mais aqui). Infelizmente, isto não está ainda entre as prioridades da empresa.
A nova direção da Hering afirmou nesta semana que as prioridades são retomar a cadeia de produção e abastecimento da Hering, que entrou em crise com o fechamento de fábricas concentradas em Goiás, e abertura de lojas. Mas, a empresa vai priorizar fornecedores terceirizados para elevar o ritmo de produção. Detalhe: fora de Goiás.
“Com toda a problemática na cadeia de abastecimento, a marca Hering é resiliente”, disse Roberto Jatahy, presidente do Grupo Soma. “Vamos desenhar uma nova Hering, revisitar o conceito de loja, de cartelas de cor e pontos de contato com o cliente”, frisou. O Grupo Soma nasceu em 2010 com a fusão de duas grandes marcas: Animale e Farm. Nos anos seguintes comprou várias outras marcas no mercado da moda, nacionais e regionais, através do fundo Soma Ventures.