Consideradas cruciais para a sobrevivência de pequenas legendas, as federações partidárias foram referendadas ontem (09/02) pelo STF por 10 votos a 1. Apenas o ministro Nunes Marques acolheu os argumentos do PTB de que as federações violariam a Constituição por trazerem de volta as coligações proporcionais. O Supremo, porém, ficou dividido quanto ao prazo para a formação delas, estabelecido pelo Congresso em 5 de agosto. O relator, ministro Luís Roberto Barroso, que havia antecipado o prazo para 1º de março, ampliou-o para 31 de maio, antes das convenções partidárias. Cinco ministros o acompanharam, enquanto três seguiram a divergência de Gilmar Mendes, que mantinha o prazo da lei.
Constitucionalidade superada, os partidos seguem negociando a pleno vapor. O deputado Luciano Bivar (PE), presidente do União Brasil, disse que as negociações para uma federação do novo partido com o MDB “estão avançadas”. Já a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que as federações são uma oportunidade de união entre partidos, mas ressaltou o peso da legenda. Uma federação que inclua PT e PSB ficou mais distante com a resistência deste em abrir mão da candidatura de Márcio França ao governo paulista em favor de Fernando Haddad. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, admitiu ontem a possibilidade de o partido apoiar Lula já no primeiro turno, embora insista que a maioria na legenda defende uma candidatura própria.