O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou estagnado em janeiro na comparação com dezembro de 2022, segundo o Monitor do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Em valores correntes, a estimativa é que o PIB em janeiro tenha sido de R$ 897,564 bilhões. Na comparação com janeiro de 2022, a atividade econômica avançou 4,1%.
Segundo a FGV, o resultado de janeiro se deveu, principalmente, à estagnação do setor de serviços e à retração na indústria, em contraponto ao crescimento da agropecuária. Em um cenário de juros e de endividamento elevados e perspectiva de recessão global, o consumo e os investimentos tendem a perder força e dificultar o crescimento econômico”, diz a nota divulgada pela Fundação.
Indústria em baixa
A produção industrial brasileira caiu 0,2% na passagem de janeiro para fevereiro, acumulando queda de 0,6% por três meses consecutivos, segundo o IBGE. Com o resultado, a produção nacional ainda está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia. Na comparação anual, a queda foi de 2,4%. No acumulado do ano, a retração está em 1,1%.
Inflação em alta
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação geral deve ir a 3,5% em junho, e depois voltará a subir. Segundo ele, as expectativas de inflação para 2024 e 2025 subiram quase 1% desde dezembro, em parte devido ao pacote fiscal aprovado e ao fato de o governo falar em mudança na meta. Campos Neto disse ainda que a inflação no Brasil está muito resiliente e, embora o dado cheio esteja caindo, o aumento de preços deve voltar a ganhar força no segundo semestre.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou de Roberto Campos Neto (BC) a redução “imediata” das taxas de juros no Brasil. Em sua fala mais contundente sobre o tema até hoje, ele disse que o Senado deu autonomia à instituição bancária, mas que é necessário ter “sensibilidade política” nas decisões.