As vendas de veículos novos subiram 13,1% no ano passado em Goiás, quando comparadas aos resultados do setor em 2020. Foram 143.750 unidades, considerando automóveis, comerciais leves, motos, caminhões, ônibus e implementos rodoviários, de acordo com levantamento do Sincodive-GO. Se comparadas com 2019, período pré-pandemia, o aumento foi de 9,52%. Destaque para as vendas de 5.275 caminhões, que registraram crescimento de 33,6% em relação a 2020. Outro resultado importante foi o crescimento de 30% nas vendas de comerciais leves (SUVs, picapes e furgões), para 22.776 unidades. Também foi registrada alta de 30,1% na comercialização de motocicletas, para 41.221 unidades. Já as vendas de automóveis (hatchs e sedãs) ficaram estacionadas em 0,02%.
“As vendas seriam ainda maiores se não fosse a escassez de veículos novos no mercado em função da falta componentes na indústria, principalmente de semicondutores, que impede a regularização da produção em todos os segmentos, afetando a comercialização do varejo”, frisou o diretor executivo da entidade, Lincoln Vargas da Silva, ao lembrar que o resultado de 2021 ainda foi bom porque as montadoras conseguiram entregar mais veículos em dezembro. Mesmo assim, explica, o prazo de espera para alguns modelos pode chegar até cinco meses e, alguns casos, até oito meses ou mais.
Segundo Silva, a expectativa é de uma trajetória de melhora gradual na solução do problema que afeta as cadeias de produção, com a entrega de mais veículos ainda no primeiro semestre, o que possibilitará aos concessionários reporem os estoques. “Isso fará com que as vendas em Goiás voltem gradativamente ao normal. Ou seja, a comercialização voltará a 7.500 unidades ao mês, atendendo demanda reprimida”, diz.
No Brasil, de acordo com a Fenabrave, a venda de veículos leves cresceu 10,5% em 2021 quando comparada com 2020, ao atingir 3.497.077 unidades comercializadas. “Os números estão bem próximos aos divulgados em nossas últimas projeções. O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Ainda assim, conseguimos fechar o ano de 2021 com o 12º melhor resultado, desde 1957”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave recém-eleito para o triênio 2022-2024.