A tentativa de realizar uma paralisação nacional dos caminhoneiros fracassou mais uma vez neste ano. A primeira, em fevereiro, teve baixa adesão. Agora, marcada para começar ontem, foi ainda menor. Alguns motoristas chegaram a parar, mas foram poucos e não houve nenhum bloqueio de rodovias federais. Em Goiás, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrou nenhum incidente ou tumulto. Muito diferente da greve nacional realizada em 2018. A maior diferença daquele ano para este é que as empresas transportadoras não aderiram ao movimento, que assim perdeu muito da sua força. A principal reivindicação dos caminhoneiros é a redução no preço do diesel e implantação de uma tabela de fretes.
O governo de Jair Bolsonaro, que já previa baixa adesão de caminhoneiros, comemora. Informa que o volume de ocorrências agora é três vezes menor do que o registrado em fevereiro deste ano, que já foi baixo.
As lideranças das entidades que mobilizaram a paralisação para esta semana, entretanto, ainda não jogaram a toalha e esperam maior adesão para até o final desta semana. Contudo, nos bastidores, os caminhoneiros admitem que, sem os motoristas das empresas transportadoras, o movimento grevista deve ser suspenso em breve. Outro fator que prejudicou a tentativa de nova paralisação é que apenas algumas das grandes entidades nacionais dos autônomos endossaram o movimento. Entre elas, a entidade responsável pela deflagração da greve de 2018, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava).