Embora a pandemia da Covid-19 tenha impactado alguns segmentos do mercado de franquias, como serviços educacionais, automotivos e até de alimentação food service, outros, como o da casa e construção; alimentação, comércio e distribuição; serviços e outros negócios; saúde, beleza e bem-estar apresentaram crescimento de até 122% no faturamento nos três primeiros meses deste ano na comparação com igual período do ano passado.
Em Goiás, os 12 ramos avaliados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que o faturamento destas empresas cresceu 15,2%. no período analisado e ultrapassou, pela primeira vez, a casa de R$ 1 bilhão ao registrar exatamente R$ 1,112 bilhão, um terço do total registrado no Centro-Oeste, de R$ 3,68 bilhões.
O destaque no aumento do faturamento das franquias em Goiás ficou com o segmento de alimentação, comércio e distribuição (122,8%), seguido de casa e construção (107,4%) e de saúde, beleza e bem-estar (33,1%). No Estado existem, atualmente, 4.644 empresas franqueadas, 2% a mais do que no primeiro trimestre de 2020. Estas empresas são responsáveis por 37.965 empregos diretos, sendo que a alimentação é o carro-chefe com a oferta de 30,5% destes empregos, seguido de serviços e outros negócios (22%).
A diretora da ABF Regional Centro-Oeste, Cláudia Vobeto (foto), disse que o setor de franquias já sente os efeitos positivos da vacinação contra a Covid através de uma aceleração nas buscas por novas franquias. “Esse impulsionamento, de certa forma ocorre porque muitos executivos, que sofreram os danos da pandemia e ficaram desempregados, enxergam no setor de franquias, uma oportunidade de recolocação no mercado de trabalho” Ela estima que, as franquias impulsionarão, ainda mais, a economia brasileira nos próximos meses.
Em termos de crescimento de unidades de franquias em Goiás, o de serviços e outros negócios se destacou com o aumento de 22,1%. As lojas franqueadas de casa e construção aumentaram 21,4% e de hotelaria e turismo, 19,2%. Por outro lado, reduziram as franquias dos ramos de comunicação, informática e eletrônicos (-59,8%), entretenimento e lazer (-33,3%) e de serviços automotivos (-24,8%).
Cláudia lembra ainda, que a Região Centro-Oeste, onde as franquias têm crescido – chegou a 3% de janeiro a março deste ano -, tem um grande potencial ainda a ser explorado. “Esperamos que empreendedores possam enxergar isso por meio dos números que se mostram expressivos, mesmo diante do cenário de incertezas pelo qual estamos passando. As franquias se reinventaram e estão respondendo positivamente e reagindo às instabilidades. Esperamos uma melhora, nos próximos trimestres, com o avanço da vacinação em massa da população e a queda nos índices da Covid”, destaca.