Subsidiária da Eletrobras, Furnas inaugura nesta quarta-feira (8/12), na usina hidrelétrica de Itumbiara, a sua primeira planta para produção de hidrogênio verde. O investimento no projeto de pesquisa é de quase R$ 45 milhões e o objetivo é estudar o armazenamento e a inserção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir da produção do combustível renovável. A meta é o “desenvolvimento de sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas a hidrogênio e eletroquímico”.
Uma das rotas para produção de hidrogênio é a eletrólise da água (H2O), em que é feita a separação das moléculas do gás para combustível (H2) e do oxigênio (O). Para ser considerado verde o hidrogênio, a fonte de energia para a eletrólise precisa ser renovável, por exemplo a solar fotovoltaica ou a eólica.
Na usina em Itumbiara, Furnas instalou painéis solares fotovoltaicos em terra e sobre estruturas flutuantes, no reservatório da usina, com um total de 1 MW de potência máxima (200 kw nos painéis flutuantes). A energia será usada em eletrolisador para fabricação de hidrogênio que ficará armazenado no local, para uso em células a combustível, capazes de converter a energia armazenada na forma do gás de volta em eletricidade.
Mais do que a viabilidade de geração de hidrogênio — uma tecnologia dominada — o projeto estuda formas de armazenar e despachar energia para atender a demanda do sistema elétrico. Em geral, essa capacidade de energia despachável para o SIN está distribuída, no Brasil, nas grandes usinas hidrelétricas com reservatórios e na geração a partir de fontes fósseis, como gás natural, óleo e carvão.
Tanto aqui, como no exterior, o mercado de energia busca alternativas para armazenar energia renovável, que depende do sol, de ventos e chuvas. Além do hidrogênio, alternativas são baterias e até mesmo usinas híbridas.