Nem assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o futuro ministro Flávio Dino (PSB) tem só dado bola fora. Na quarta-feira (21/12) ele se viu forçado a desconvidar o lavajatista Edmar Camata para o comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao se resgatarem postagens dele comemorando a prisão do presidente eleito Lula.
Nesta quinta-feira (22/12), veio a público que seu escolhido para a Secretaria Nacional de Políticas Penais, o coronel da PM paulista Nivaldo César Restivo, esteve presente no massacre do Carandiru, em 1992, quando era tenente.
Na ocasião, a tropa de choque da PM invadiu o presídio para conter uma rebelião, deixando 111 detentos mortos, muitos com sinais de execução. Em 2017, ao assumir o comando da corporação, Restivo classificou a matança como “legítima e necessária”.
Os integrantes da equipe de transição de Segurança Pública e Justiça divulgaram uma nota manifestando “constrangimento, decepção e vergonha” com a nomeação do coronel. Ainda não se sabe qual a reação de Dino.
Saúde e Educação
Primeira mulher no Ministério da Saúde, a futura ministra Nísia Trindade disse que sua prioridade será reforçar o SUS, incluindo parcerias com instituições filantrópicas e privadas. “Nossa prioridade é cuidar do povo mais pobre, do povo trabalhador, do povo mais necessitado”, afirmou.
Já o futuro ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu focar na educação básica, mas provocou alguma preocupação ao admitir a participação do Centrão no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE), uma das áreas de maior verba em seu ministério.