Entraram em vigor no último sábado (18/6) as novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. O reajuste foi anunciado na sexta-feira pela Petrobras. O preço médio da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro — alta de 5,18%. Para o diesel, o preço médio de venda passou de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%). Os preços do GLP, o gás de cozinha, não foram alterados.
Algumas distribuidoras de Senador Canedo, na região Metropolitana de Goiânia, reajustaram por conta própria os preços dos combustíveis. De acordo com o presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, revendedores reclamaram que desde sexta-feira, já encontram produtos com valores reajustados. Isso ocorreu poucas horas após a Petrobras anunciar que reajustará os preços dos combustíveis nas refinarias.
O novo reajuste enfureceu o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a cúpula do Congresso. Em discurso durante um evento evangélico no sábado, Bolsonaro disse que conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para instalar uma CPI para investigar a estatal nesta segunda-feira.
Pressionado pelo governo para que deixe o cargo a fim de apressar a posse de Caio Paes de Andrade, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pode renunciar hoje. Coelho foi nomeado em 14 de abril e demitido em 23 de maio.
A Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Apesar das críticas, o governo federal está entre os maiores beneficiários dos resultados financeiros da petroleira. A União receberá nesta semana mais uma parcela, de R$ 8,8 bilhões, do lucro da Petrobras.