A unificação da alíquota do ICMS da gasolina em R$ 1,22, a partir desta quinta-feira (1/6) em todos os Estados, pode resultar em um aumento de até R$ 0,29 por litro do combustível que chegar aos postos em Goiás. A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto).
No Brasil, de acordo com estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), com a vigência do novo valor, haverá a partir de junho um aumento médio de R$ 0,16 por litro da gasolina. Até ontem, o ICMS era calculado em uma porcentagem que varia de 17% a 23%. Em Goiás o aumento será maior porque a alíquota praticada do imposto estadual era menor.
A Secretaria da Economia prevê que o reajuste será de R$ 0,27 por litro em relação à cobrança atual, que é feita com base no percentual de 17% sobre o preço médio do produto vendido nas bombas.
Vai repassar, claro
Presidente do Sindiposto, Márcio Andrade avalia que a tendência é de que esse reajuste seja repassado para o consumidor final. “Como é um imposto, é difícil não aplicar o reajuste”, analisa. Como os preços são livres, cada empresário definirá se repassará o aumento e de quanto ele será.
O aumento de agora vai anular a redução ocorrida há pouco mais de uma semana, por parte da Petrobras. Aliás, que foi de 40 centavos no litro em média, mas de longe essa redução foi praticada nos postos de combustíveis em Goiás.
Segundo o governo estadual, o impacto na arrecadação de ICMS em Goiás com a adoção da monofásica da gasolina é de um acréscimo mensal em torno de R$ 30 milhões. Ou de R$ 215 milhões neste ano. No entanto, o governo goiano destaca que, com lei sancionada pela União no ano passado, a perda de ICMS estimada para 2023 é de R$ 5,5 bilhões.