O vice-governador e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, descarta uma aliança pela reeleição do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ou apoiar uma candidatura do senador Vanderlan Cardoso (PSD) para a Prefeitura de Goiânia no ano que vem. Em entrevista ao jornal O Popular, publicada nesta terça-feira (4/5), o emedebista critica a gestão do atual prefeito e afirma que falta confiança política em relação ao senador.
“A gente vê, através das pesquisas, que a população não está satisfeita com ele (Rogério Cruz) e o MDB não vai embarcar em projeto que estamos vendo que administrativamente é incompetente. Nada acontece, nada dá certo. Colocam pessoas que não têm absolutamente nenhuma expertise nas áreas importantes da Prefeitura. Estamos a um ano e meio do fim da gestão, há baixa aprovação e pouca eficiência”, afirmou Daniel Vilela.
“Em vez de estar focado em programas de recuperação da malha viária, em uma série de outras carências de Goiânia, o prefeito está preocupado em estabelecer relações políticopartidárias? Não é ficar procurando partido e dizendo que quer apoio do MDB. O MDB não vai decidir isso agora, vai procurar se estruturar para ter um candidato próprio. Eu sinceramente acho que a cada minuto o prefeito está perdendo a condição de se viabilizar. A gente não enxerga hoje uma Prefeitura presente na vida do cidadão. Acho que falta gestão”, enfatizou o presidente estadual do partido.
Vanderlan Cardoso
Em relação ao senador, Daniel Vilela não descarta conversar com Vanderlan Cardoso. Mas, deixa claro que não há confiança. “Acho que há uma insegurança muito grande no meio político com o Vanderlan. Porque muitas coisas que foram construídas juntos acabaram, em momento de eleições, não sendo levadas em conta por parte dele. Há, sem dúvida nenhuma, não vou dizer indisposição, mas uma falta de confiança nessa relação”, frisou.
A prioridade do MDB para a eleição na capital é lançar uma candidatura da empresária e advogada Ana Paula Rezende, filha do falecido governador e prefeito Iris Rezende. Entretanto, apesar de reconhecer a dificuldade dela para tomar esta decisão por causa da família, Daniel Vilela afirmou que Ana Paula precisa bater o martelo até outubro, pelo menos um ano antes da eleição.
“É uma decisão pessoal de ingressar ou não na política, mas ela sabe que é uma decisão que precisa ser tomada internamente, dela e com o partido, este ano ainda. Por mais que tenhamos toda uma estrutura política, o MDB, a base do governador Ronaldo Caiado, naturalmente ela, estando disposta a ser candidata, precisa se preparar e ter um planejamento de tudo que envolve uma candidatura majoritária de uma prefeitura de uma capital”, afirmou.
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