O Partido dos Trabalhadores (PT) tem definida a pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi para a Prefeitura de Goiânia em 2024. Mas, aliados da petista avaliam que, para enfrentar potencial candidatura da direita na capital, será preciso ampliar a aliança para além de partidos de esquerda. Na mira, dois partidos grandes: o MDB e o PSDB.
O mais desejado pelos petistas é uma composição com o MDB, até pelo histórico de aliança entre os dois partidos em Goiânia. Entretanto, sabem que é bem provável que os emedebistas devem apoiar uma candidatura abençoada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) na capital. Em nome da aliança para a sucessão estadual de 2026.
E o PSDB? Nesta semana, o presidente estadual do Cidadania, Gilvane Felipe, declarou apoio à pré-candidatura de Adriana Accorsi. Seu partido faz federação nacional com o PSDB. Ou seja: uma aliança do Cidadania com o PT só poderá existir se também contar com os tucanos. O dirigente partidário afirmou que essa aliança é possível.
Candidatura própria
Mas, o PSDB nega tal possibilidade. Presidente nacional do partido, o ex-governador Marconi Perillo tem enfatizado que haverá chapa tucana para a eleição de prefeito em Goiânia. Disse ainda que a pré-candidatura na capital será definida até abril do próximo ano. Hoje, existem três nomes: do jornalista Matheus Ribeiro, da vereadora Aava Santiago e do economista Valdivino de Oliveira.
Entretanto, nenhum destes desponta em pesquisas eleitorais realizadas em Goiânia. Além disso, o PSDB terá muitas dificuldades para ampliar composições. “Dentro do possível, vamos buscar alianças. A gente tem que ampliar o que já temos para um espectro mais amplo. Vamos ver o que a gente consegue fazer”, disse Marconi Perillo nesta semana.
O PT sabe que o momento, para a maioria dos partidos, especialmente os maiores, não é de descartar candidatura própria para prefeito. Mas, com cautela, vai esperar a decantação de projetos eleitorais na capital para ampliar o diálogo em torno de alianças. Para 2024 e 2026. Muitas conversas já acontecem nos bastidores. Algumas delas, inclusive, em Brasília.
Saiba mais: Desafios de Marconi no comando nacional do PSDB