Se o perfil desejado pelo eleitorado de Goiânia é de um gestor para ser o próximo prefeito da capital, então poderá ter até três opções neste ano: Sandro Mabel (Republicanos), presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg); o senador Vanderlan Cardoso (PSD), também empresário do setor de alimentação; e Leonardo Rizzo (novo), conhecido empresário do setor imobiliário na capital. Os três administram empresas com faturamento milionário em Goiás e no Brasil.
Sandro Mabel foi confirmado no feriado da Páscoa como pré-candidato do governador Ronaldo Caiado (UB) para a eleição deste ano em Goiânia. Inclusive, nesta semana deve filiar no partido do governador. Natural de Ribeirão Preto (SP), Mabel tem 65 anos de idade e desde 2018 comanda a Fieg, para qual foi reeleito na presidência para até 2026.
A trajetória empresarial de Mabel começou na fábrica iniciada pelo seu pai no interior de São Paulo, nos anos 50. Na década de 70, inaugura indústria em Aparecida de Goiânia e transfere a sua administração para Goiás. Em 2011, a Mabel é vendida para a multinacional Pepsico por quase R$ 800 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão corrigidos pela inflação).
Além de empresário, Mabel também tem muita experiência na política. Chegou a disputar a Prefeitura de Goiânia em 1992, mas perdeu no segundo turno para Darci Accorsi (PT). Foi deputado estadual entre 1991 e 1995 e deputado federal de 1995 a 1999 e depois de 2003 a 2015. Em 2016, voltou à cena política no governo de Michel Temer (MDB), com cargo de assessor especial no Palácio do Planalto.
Vanderlan
O senador Vanderlan Cardoso, de 61 anos de idade, foi prefeito de Senador Canedo entre 2005 e 2010. Depois, tentou por duas vezes se eleger governador de Goiás e duas vezes prefeito de Goiânia. Porém, não teve êxito. Se elegeu senador em 2018 e na semana passada confirmou a sua pré-candidatura para prefeito de Goiânia.
Embora seja natural de Iporá (GO), Vanderlan começou sua trajetória empresarial na década de 80 em Roraima, para onde a sua família mudou em busca de oportunidades. No início da década de 90 muda a sua empresa para o Distrito Federal e, em 1996, inaugura a primeira fábrica Cicopal em Senador Canedo. O grupo hoje atua em todo país, com várias indústrias.
O terceiro empresário e pré-candidato a prefeito de Goiânia é o economista Leonardo Rizzo (Novo), de 68 anos de idade, que há 46 anos atua no ramo imobiliário da capital e de Goiás. Ele afirma já ter vendido mais de 100 mil imóveis em sua carreira empresarial. Em 2022, Rizzo tentou se eleger (sem sucesso) para o Senado.
Outros pré-candidatos
Os demais pré-candidatos a prefeito de Goiânia, melhores colocados nas últimas pesquisas eleitorais, não possuem perfil de gestor. Ou pelo menos não são conhecidos por esta característica.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL) tem até uma pequena empresa de idiomas em Goiânia desde 2013. É filho da ex-delegada da Polícia Civil e ex-deputada estadual Maria da Conceição Gayer, que faleceu em 2006. Contudo, é mais conhecido por seus posicionamentos de extrema direita e por ser um dos políticos mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A deputada federal Adriana Accorsi (PT), filha do ex-prefeito Darci Accorsi e delegada da Polícia Civil, comandou a corporação por dois anos no governo de Marconi Perillo (PSDB). Além disso, foi secretária municipal de Defesa Social na gestão do então prefeito Paulo Garcia (PT) em Goiânia, em 2013. Foi eleita deputada estadual por duas vezes e, em 2022, conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados.