Com o aumento nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, principalmente, Goiânia registra em novembro a maior prévia da inflação desde 2005. Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) chegou a 1,86%, bem acima da média nacional (1,17%). No mesmo mês de 2005, foi de 2,14%. No acumulado deste ano o índice atinge 10% e, no acumulado nos últimos doze meses, 11% na capital goiana. Os dados são do IBGE.
No Brasil, a prévia da inflação teve alta de 1,17% em novembro, a maior variação para o mês desde 2002, quando o índice foi de 2,08%. No ano, o indicador acumula alta de 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa havia sido de 0,81%.
A análise por grupos mostra que, dos nove pesquisados, oito apresentaram alta na prévia da inflação de novembro em Goiânia. A maior alta no mês ocorreu no grupo Habitação (4,6%), que atingiu sua sétima alta consecutiva, puxada mais uma vez pelo gás de botijão (3,1%), que só em 2021 já subiu 39,6% e acumula alta de 43,5% nos últimos 12 meses; e pela energia elétrica residencial (10,9%), que acumula alta de 25,7% no ano e de 34,4% nos últimos 12 meses.
Entre os itens com mais peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos estão veículo próprio, que subiu 1,17% em novembro; combustíveis de veículos, com alta de 6%; e energia elétrica residencial, 10,9%. Destacam-se os combustíveis, que já acumulam 46,3% de alta no ano. Entre eles, a gasolina subiu 5,87% nesta prévia de novembro, acumulando 44,34% em 2021. O etanol subiu 6,06% no mês, acumulando 56,85% no ano. Por fim, o óleo diesel avançou 10,03% em novembro, acumulando 46,13% no ano.