Diante da baixa procura por vacinas e com a possibilidade de uma quarta onda da pandemia crescendo em todo mundo, o governo de Goiás estuda a possibilidade de adotar um passaporte da vacinação, como foi feito em alguns estados e países. A informação é da superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, que se mostra preocupada com o fato da campanha de vacinação ter estacionado num patamar de 69% dos maiores de 12 anos com a primeira dose e somente 58% totalmente imunizados.
“Estamos desde segunda-feira analisando o cenário epidemiológico e verificando algumas experiências de outros locais para ver o que é mais viável e o que é factível. Não adianta a gente impor se as pessoas não entenderem que é necessário”, afirmou hoje Flúvia Amorim ao Mais Goiás. “Algumas experiências foram muito interessantes. Em Inhumas, houve um show de música sertaneja e a prefeitura exigiu que, para liberar o show, a organização tinha que obrigar a apresentação de vacinação completa. Com isso, eles vacinaram 900 pessoas com dose atrasada em um único dia”, completa a superintendente.
O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, já vem sinalizando há algum tempo que o governo pode adotar medidas mais duras para forçar as pessoas a se imunizarem. Goiás ainda não conta com nenhum caso da nova variante do coronavírus, a ômicron, mas sua chegada é considerada questão de tempo e preocupa as autoridades de saúde. Ainda não se sabe exatamente o potencial de contágio e nem o efeito das vacinas com a nova variante. A Prefeitura de Goiânia também está preocupada com a baixa procura pelas vacinas e busca fazer uma ação para alcançar a imunização de pelo menos 70% dos goianienses.