A produção de pequi em Goiás cresceu 10,4% no ano passado, na comparação com 2019, de acordo com pesquisa divulgada hoje (6/10) pelo IBGE. A extração de pequi foi de 2.582 toneladas em 2020 no Estado. Com este resultado, Goiás se mantém como o 3º maior produtor nacional do fruto, mas bem atrás de Minas Gerais (32.928 toneladas) e do Tocantins (25.229 toneladas).
O valor da produção do pequi teve um crescimento de 14,3% em 2020 na comparação com 2019, saltando de R$ 3,3 milhões para R$ 3,8 milhões, representando 19,9% do valor total da extração no estado. Dos dez municípios goianos com a maior extração de pequi em 2020, apenas três apresentaram queda em comparação com 2019. Damianópolis, que passou da terceira para a primeira colocação em 2020, foi o maior produtor com 497 toneladas, um aumento de 317 toneladas em relação ao ano anterior (180 toneladas). Já o município de Santa Terezinha de Goiás registrou queda de 30 toneladas na extração do pequi em 2020, perdendo assim sua colocação para Damianópolis.
Em 2020, o pequi representou 97,1% (2.582 toneladas) de toda a extração de produtos alimentícios em Goiás (2.658 toneladas). Além dela, houve extração de 6 toneladas de Palmito, 3 toneladas do fruto mangaba e 67 toneladas de outros produtos alimentícios que não são levantados separadamente.
Disputa
Além da produção, Goiás, Minas Gerais e Tocantins lutam para associar o território de cada um ao valor cultural e socioeconômico do fruto que simboliza a diversidade do cerrado, gerando emprego e renda para milhares de pessoas em áreas pobres e castigadas pela aridez no país. Três propostas de reconhecimento do mérito do pequi foram apresentadas no Congresso Nacional. A primeira delas, de autoria do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), visa à transformação de Montes Claros, no Norte de Minas, em capital nacional do pequi. Outro projeto, do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), requer para o fruto o título de patrimônio cultural imaterial do Brasil.
Conteúdo produzido em parceria com o portal EMPREENDER EM GOIÁS