O governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou nesta quarta-feira (10/1) o balanço da segurança pública do Estado em 2023. Dos 16 indicadores criminais apresentados, todos apresentaram queda em relação a 2022. Os dados foram apresentados com a presença da cúpula da Segurança Pública do Estado, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.
As maiores reduções foram registradas em latrocínios (-57,6%); roubo de cargas (-52,3%), de residências (-34,9%), a transeunte (-32,7%), de veículos (-30,1%) e comércio (-27%); furto a transeunte (-33%); e roubo em propriedade rural (-28%). Os indicadores de furtos também registraram significativas quedas em 2023 no Estado: residência (-20,5%), furto a veículo (-19,1%), comércio (-15,3%) e em propriedade rural (14%).
Os homicídios dolosos tiveram queda de 12,1% e os homicídios tentados de 7,3%. Já os casos de estupros registraram redução de 12% no ano passado em Goiás. “Aqui não tem só teoria. É teórico com prática. É competência com operacionalidade”, disse o governador. Pré-candidato a presidente da República, Caiado aproveitou para comparar os resultados da segurança pública de Goiás com o restante do país e até mesmo com o exterior. “O Equador está em estado de guerra”, afirmou.
“O prefeito do Rio de Janeiro [Eduardo Paes] disse que não pode iniciar as obras em um parque porque as facções exigem um pagamento de R$ 500 mil. Outros governadores não governam seu território, só parte. Em Goiás, o governador governa os 350 mil quilômetros quadrados e os 246 municípios. Governamos o estado na totalidade”, enfatizou. “Em Goiás, você vê que a segurança tem resultado, diferente de outros estados que colocam o discurso em teoria. Muitos estados estão tomados por facções, pelo crime organizado”.
Saída temporária
O governador defendeu também o fim da saída temporária, benefício concedido a detentos dos sistemas prisionais de todo o país. “Não dá para ter concessão para alforriar bandidos que podem voltar a cometer crimes. Esse caso que aconteceu em Minas Gerais reforça a necessidade de que os governantes assumam a segurança pública como prioridade e não apenas na teoria”, disse.
Para Caiado, a manutenção da Segurança Pública e a garantia do direito constitucional do cidadão deve ser algo colocado em prática, não apenas em discursos políticos. “Esses detentos se acham no direito de voltar à prática do crime. Aproveitar de um momento de festividade em família, como no Natal e Ano Novo, é um absurdo”, pontuou.
A saída temporária, que está prevista na lei de Execuções Penais, é um benefício concedido aos presos do regime semiaberto, que podem deixar a unidade prisional cinco vezes ao ano, por, no máximo, sete dias.
Queda dos principais indicadores criminais de 2023:
- Homicídios dolosos: -12,1% (caiu de 1.185 para 1.042)
- Homicídio tentado: – 7,3%% (caiu de 1.829 para 1.696)
- Estupro: -12% (caiu de 800 para 704)
- Latrocínio: -57,6% (caiu de 33 para 14)
- Roubo a transeunte: -32,7% (caiu de 11.682 para 7.861)
- Roubo de veículos: -30,1% (caiu de 1.473 para 1.029)
- Roubo em comércio: -27% (caiu de 880 para 642)
- Roubo a residências: -34,9% (caiu de 869 para 566)
- Roubo de cargas: -52,3% (caiu de 86 para 41)
- Roubo a instituição financeira: nenhum caso
- Furto a transeunte: -33% (caiu de 10.930 para 7.328)
- Furto a veículo: -19,1% (caiu de 5.559 para 4.498)
- Furto em comércio: -15,3% (caiu de 12.646 para 10.707)
- Furto em residência: -20,5% (caiu de 21.193 para 16.849)
- Roubo em propriedade rural: -28% (caiu de 110 para 79)
- Furto em propriedade rural: -14% (caiu de 3.706 para 3.202)
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