O governo de Goiás vai mapear as áreas de ecoturismo consideradas em situação crítica para avaliar medidas que reduzam riscos de acidentes, como o ocorrido no último sábado (08), em Capitólio (MG), que deixou 10 mortos. Nos últimos dias têm circulado pelas redes sociais imagens de diversas atrações turísticas em Goiás, especialmente cachoeiras, tomadas por um enorme volume de água que representa um evidente risco à vida de quem cometer a imprudência de chegar perto. É o caso do Salto de Corumbá, cuja foto ilustra essa matéria, e cachoeiras de Pirenópolis como a do Abade e a das Araras. Existem também vários relatos de cabeças d’água se formando nesses locais nos últimos dias, devido às chuvas intensas.
O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, que também preside o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), acompanhado de secretários de vários Estados brasileiros, se reuniu, por videoconferência, na segunda-feira (10), com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, para discutir essas medidas para mitigar riscos. Eles trataram do acidente ocorrido em Minas Gerais e debateram medidas que podem ser adotadas, em nível nacional, para evitar a ocorrência de tragédias em locais com apelo para o ecoturismo.
Os Estados vão elaborar, nas próximas semanas, um relatório com todas as áreas de risco que precisam de laudos geológicos. O levantamento será entregue pelo Fornatur ao Ministério do Turismo (MTur). Outra medida defendida pelos dirigentes estaduais é a inclusão do Turismo no Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Fabrício Amaral disse que o levantamento vai abranger as áreas de lagos, cachoeiras, rios, cânions e cavernas. “É um trabalho minucioso e caro. Estados e governo federal vão dar as mãos no sentido de apoiar com estudos e intervenções, essencialmente nos locais mais críticos”, informou.