Em evento para sancionar projeto de lei que permite a expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), o governador Ronaldo Caiado (DEM) admitiu que a falta de água é um dos grandes gargalos para a atração de novas indústrias, além de ser um transtorno para os consumidores residenciais, e lembrou que Anápolis é a cidade que mais tem recebido investimentos da Saneago. “É algo que tem que ser tratado com muito carinho. O maior investimento que tenho hoje na Saneago é para Anápolis, porque chega agosto, a água acaba”, afirmou o governador, citando também a degradação do Córrego Extrema como um dos fatores que prejudica a captação de água para a cidade.
Caiado pediu as atenções do vice-perfeito Márcio Cândido, que representava o prefeito Roberto Naves na solenidade, para o cuidado com as nascentes. “Voltem a atenção para as nascentes. Nós sabemos que é grande o desafio que temos para levar água para a população e aos empresários que se instalam na cidade”, disse.
Embora existam mais de 50 empresas interessadas em se instalar no Daia e que não contavam com área disponível, a falta de água e também de energia elétrica tem sido apontado pelo setor produtivo como outro fator determinante para a estagnação da cidade no que diz respeito a novos empreendimentos de grande porte nos últimos anos. Empresários instalados no distrito argumentam que têm dificuldade de manter o ritmo da produção pela falta de infraestrutura adequada, que, no caso da água, se agrava no período da estiagem.
Durante o evento, foi assinado também o termo de assentamento para a expansão das plantas fabris de quatro empresas no Daia: a BRG Brasil Geradores, fabricante de geradores de energia elétrica; a Excel Construtora e Incorporadora, do ramo de construção civil; a Comtral Comércio e Transporte de Alimentos, que presta serviços de transporte de carga; e a Fortlev Indústria e Comércio de Plásticos Ltda, especializada na fabricação de reservatórios de água, tubos e conexões. Somados, os investimentos serão de R$ 56,4 milhões e devem gerar cerca de 500 postos de trabalho.