O governo de Ronaldo Caiado (DEM) teve dificuldade zero para aprovar os projetos enviados na semana passada para a Assembleia Legislativa, que faz sessões extras para apreciar e votar as matérias. O chamado pacote de bondades do governador (leia mais aqui), com ampliação e criação de programas sociais, foi aprovado sem nenhum voto contrário. Nem mesmo da oposição, que chegou a apresentar algumas emendas para ampliar os benefícios, mas foram todas rejeitadas em plenário pelos demais deputados estaduais. A maioria dos projetos foi aprovada sem nenhum voto contra. Hoje à tarde será a segunda e última votação destas matérias, mas o governador já pode preparar a caneta (e as solenidades, claro) para sancioná-los.
Antes mesmo da votação em plenário, na Comissão Mista presidida pelo deputado Humberto Aidar (MDB), os deputados aprovaram os oito projetos do governo, que chegaram a receber pedidos de vista da oposição para inclusão de emendas, que foram rejeitas sem cerimônia pelo líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB). Todos os projetos seguiram para o plenário do jeito que o Executivo enviou para o Legislativo.
O projeto que cria o programa de transferência de renda Mães de Goiás recebeu 26 votos favoráveis e nenhum contra. A oposição até tentou elevar o valor mensal do benefício, mas foi mantido o de R$ 250 proposto pelo governo. Outro projeto aprovado com 23 votos favoráveis e nenhum contra foi o que cria o Programa de Alfabetização AlfaMais Goiás, que pretende contemplar mais de 200 mil estudantes e 8 mil professores com prêmios de até R$ 80 mil para as 150 escolas que apresentarem os melhores desempenhos dentro dos objetivos do programa. Serão disponibilizadas igualmente, ao longo de 12 meses, mais de 800 bolsas a educadores. Os valores das bolsas variam de R$ 600 a R$ 2 mil. A proposta de criar a Bolsa Qualificação, a Bolsa Alfabetizador e o Auxílio Alimentação também recebeu 21 votos favoráveis e nenhum contra.
O projeto que prevê a adesão de Goiás ao benefício fiscal do Mato Grosso, para criar programa de incentivo fiscal ao agronegócio goiano, recebeu 23 votos favoráveis e nenhum contra. Os deputados Lêda Borges (PSDB), Major Araújo (PSL), Karlos Cabral (PDT), Alysson Lima (Solidariedade), Eduardo Prado (DC), Talles Barreto (PSDB) e Antônio Gomide (PT) chegaram a pedir vistas, mas apenas para marcar território mesmo. Devolveram a matéria sem nenhuma mudança. O projeto que teve maior resistência da oposição foi o que prevê R$ 410 milhões para cobrir déficits de estatais goianas. Recebeu 16 votos favoráveis e 7 contra. Foi aprovado. Outro, que dá mais poderes e amplia as atribuições da Agehab, recebeu 21 votos favoráveis e 2 contra.