O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ontem que a companhia deve segurar os preços dos combustíveis, mesmo que a guerra entre Hamas e Israel amplie a volatilidade sobre as cotações internacionais de petróleo. “Vamos acompanhar, tentando mitigar para manter os preços estáveis”, afirmou. Prates, no entanto, não descartou aumento caso as cotações do petróleo permaneçam muito tempo em patamar elevado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação. Ele defende que a pasta tem de “proteger a economia” das turbulências do ambiente internacional com a aprovação de projetos econômicos. “Com o cenário externo se complicando como está, o nosso desafio aqui é fazer a nossa agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira como fizemos no passado”, afirmou.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, disse que a autarquia deve manter o ritmo de corte de 0,5 ponto percentual da Selic nas próximas reuniões. Ele citou o cenário internacional desafiador por causa do conflito entre Israel e Hamas, mas afirmou que essa piora é compensada por uma conjuntura doméstica mais favorável. E destacou as surpresas positivas no PIB e no IPCA, além de voltar a falar no “esforço da última milha” para levar a inflação em direção às metas.
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