As reuniões que o presidente Lula (PT) tem realizado com ministros, equipe econômica e técnicos sobre a possibilidade de corte de despesas excluíram o ministro Alexandre Padilha. Ele é o chefe da Secretaria de Relações Institucionais e responsável oficial pela negociação de projetos junto ao Congresso Nacional.
Nenhuma das reuniões feitas com o presidente sobre o pacote de redução de gastos teve o ministro até agora, segundo o portal Poder360. Ele não participa nem de conversas paralelas e está no escuro sobre o andamento das propostas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem que também não recebeu “nenhum chamado” do governo Lula (PT) para discutir o pacote para revisar os gastos públicos.
Forças Armadas
A cúpula das Forças Armadas sinalizou que está disposta a discutir mudanças pontuais no regime de previdência dos militares. As medidas em discussão podem levar a uma economia de R$ 6 bilhões.
Uma possibilidade seria o fim da pensão para as famílias de militares expulsos — com pouco impacto na redução de despesas, mas simbólica.
Já o fim da pensão vitalícia para filhas solteiras é rejeitado por militares de alta patente, que argumentam que há direito adquirido, pois em 2000 pôde-se fazer a opção por mantê-lo, pagando 1,5% sobre o soldo.
Quem ingressou na carreira a partir de 2001 perdeu tal direito. No ano passado, as receitas do sistema previdenciário militar foram de R$ 9,1 bilhões contra despesas de R$ 58,8 bilhões, gerando um déficit de R$ 49,7 bilhões.