Líderes de entidades empresariais de Goiás reagiram com cautela à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o terceiro mandato de presidente da República. Estão à espera de anúncios dos nomes estratégicos do futuro governo. Por exemplo, para os ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Trabalho. Esperam também segurança jurídica, como a manutenção da reforma trabalhista promovida no governo Michel Temer, e avanço da reforma tributária no Congresso Nacional. Em Goiás, o setor produtivo apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel diz que o setor “não tem expectativa positiva nem negativa” em relação ao futuro governo. “O mundo vai continuar, o Brasil vai continuar. São coisas que fazem parte do jogo”, afirmou. Mabel acrescenta que havia grande expectativa dos industriais goianos de continuar com o atual governo Bolsonaro, porque “o presidente havia começado a acertar na economia”.
“O setor busca sempre a estabilidade e segurança jurídica. Tanto que votou em massa pela reeleição de Bolsonaro”, diz o empresário. Ele frisa que as pautas da indústria goiana foram repassadas ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), quando ele se reuniu com empresários na Fieg, em Goiânia.
Criar condições para a aprovação de uma reforma tributária e manutenção das mudanças promovidas pela reforma trabalhista são pautas defendidas também pelo setor do comércio. “Esperamos que os comerciantes sejam respeitados e que seja possível trabalhar com união, porque necessitamos de um apoio grande”, diz o presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta. Entretanto, ele frisa que o momento é de compasso de espera.
Cooperativas e construção
Para o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), Luís Alberto Pereira, o importante é o setor produtivo e governo buscarem construir convergências nas questões das reformas, política externa, entre outros assuntos. Para que o Brasil cresça econômica e socialmente.
“Neste momento em que as urnas acabaram de ser abertas e conhecemos pouco do plano econômico e sobre a equipe econômica do novo governo, nossa torcida é para que as conquistas alcançadas no último governo sejam mantidas. Mas também que haja avanço, como a reforma tributária. Também esperamos que o equilíbrio fiscal seja respeitado”, afirmou o líder do cooperativismo goiano.
O setor imobiliário trabalha com cenário favorável no próximo governo. Tanto por investimentos em imóveis, quanto pela perspectiva de retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, voltado para moradias populares. “Enxergo boas perspectivas”, diz o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, que vislumbra um impacto relativamente pequeno para o setor. “O mercado imobiliário é muito sensível à questão econômica. Grande parte dos nossos clientes compra imóveis para financiar em 20, 30 anos. Para nós é importante que a economia ande bem”, pondera Razuk.
Conteúdo postado em parceria com o portal EMPREENDER EM GOIÁS.