O Ministério da Infraestrutura abriu nesta semana consulta pública para o processo de concessão de mais de 2,5 mil quilômetros de rodovias federais. Disto, está prevista a construção de 39 quilômetros do contorno em Goiânia para tirar o tráfego pesado de veículos no trecho urbano da BR-153. É o anel viário há muitos anos demandado na capital, especialmente de motoristas que usam a rodovia diariamente para percorrer trechos curtos entre Goiânia e Aparecida de Goiânia.
O projeto do Ministério da Infraestrutura também prevê a construção de 20 quilômetros de faixa adicional na pista duplicada da BR-153 em Goiânia. Mas estas obras devem ainda levar algum tempo para se tornar realidade. A expectativa é que o edital seja lançado apenas no terceiro trimestre de 2022. Para viabilizar o investimento privado, haverá financiamento do BNDES.
Além das concessões para a Grande Goiânia, os projetos também preveem 164 km de duplicações, dos quais quase 140 km entre Vilhena (RO) e Porto Velho (RO), 824 km de terceiras faixas em pista simples, além de dez pontos de parada e descanso para apoio aos caminhoneiros e pistas marginais das principais travessias urbanas.
Esses trechos estão localizados em regiões que representam novas fronteira de expansão do Programa de Concessão de Rodovias Federais, no Centro-Oeste e Norte do país. Nas localidades o transporte rodoviário é de grande importância para escoamento da produção do agronegócio, mas o tráfego apresenta níveis de inferiores aos de outras regiões do país. Durante o período de consulta pública, a população poderá opinar sobre o projeto, que tem investimentos estimados em R$ 13,6 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão.
“A escolha de priorizar os trechos do Centro-Oeste e Norte se deu pela necessidade de ampliação da infraestrutura rodoviária no curto prazo nesta região, de modo a viabilizar o escoamento do agro, em particular da carga destinada à exportação”, explica Fábio Abrahão, Diretor de Concessões e Privatizações do BNDES.
Os projetos foram estruturados de forma a não gerar níveis tarifários elevados e, ao mesmo tempo, viabilizar uma série de intervenções emergenciais de recuperação das vias que aumente a segurança e o conforto dos usuários, além de gerar menor perda de carga durante o transporte.
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