O prefeito Gustavo Mendanha, que renuncia hoje (31/3) ao cargo em Aparecida de Goiânia para disputar a eleição ao governo de Goiás, confirmou que vai mesmo filiar no Patriotas e que vai votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) em outubro. A filiação no pequeno partido comandado em Goiás pelo empresário Jorcelino Braga era esperada há algum tempo, principalmente que frustraram as negociações de Mendanha para filiar numa legenda maior, como PL, Progressistas ou Republicanos.
A sua expectativa, como disse em entrevista nesta manhã, é atrair outros partidos em todo de sua aliança. Afirma que até final de julho tem muito para acontecer. É fato. Entretanto, para isto acontecer, Gustavo Mendanha terá de aumentar a sua expectativa de poder. Ou seja: crescer nas pesquisas eleitorais. Somente assim, terá menor dificuldade para atrair aliados ao seu projeto político.
O pré-candidato reclamou que foi boicotado por Ronaldo Caiado (União Brasil). Também é fato. Mas era algo que já se esperava (e antecipado aqui), porque o governador não iria permitir o crescimento de um potencial adversário. Usou as armas que dispunha, especialmente a perspectiva maior de poder (lidera com boa vantagem todas as pesquisas já divulgadas neste ano) e a estrutura do governo (cargos e apoios para formação de chapas proporcionais).
É o mesmo jogo usado por Mendanha na eleição municipal de 2020, por exemplo, quanto conquistou 20 partidos para a sua reeleição a prefeito de Aparecida.
O prefeito também declarou que, por coerência, vai votar em Bolsonaro em outubro. Mas, que não deve fazer campanha para o presidente em Goiás. Esta declaração sinaliza que Gustavo Mendanha prevê que o deputado federal Vitor Hugo (PL) possa mesmo consolidar a sua pré-candidatura ao governo estadual, uma vez que já tem o apoio de Bolsonaro. Mas, o pré-candidato do Patriota buscará se firmar como uma alternativa ao eleitorado bolsonarista para a eleição no Estado.
O jogo está apenas no começo, mas ele tem se mostrado mais difícil do que esperava Gustavo Mendanha.