O prefeito Gustavo Mendanha (sem partido), de Aparecida de Goiânia, já tem o apoio declarado de cinco partidos para uma candidatura a governador em 2022: PL, PSB, Podemos, PTC e Democracia Cristã (DC). É um apoio partidário, por exemplo, maior que desfruta atualmente o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) para uma nova candidatura ao Palácio das Esmeraldas. Mas, Gustavo sabe que ainda precisará de maior musculatura para enfrentar uma campanha contra o governador Ronaldo Caiado (DEM) e seu futuro vice Daniel Vilela (MDB).
No sábado passado, em Cristalina, Gustavo Mendanha participou de mais um encontro político. Na ocasião, recebeu a declaração de apoio do presidente do DC, Alexandre Magalhães, que em 2018 declarou apoio para Caiado. “Nas eleições passadas apoiamos um candidato que não levou a verdade do projeto que ele vendeu ao goiano. E pensamos que está na hora de mudar. O DC vai ajudar a eleger Gustavo como próximo governador de Goiás”, disse Magalhães.
Enfrentar Caiado
Mas, ainda assim é preciso mais para cacifar uma candidatura da oposição para uma campanha contra o governador Caiado e seus aliados (antigos e novos). O DC, por exemplo, tem nenhuma expressividade no Estado. Sequer elegeu um prefeito em 2020 e seu tempo de TV para o horário eleitoral é praticamente zero. O mesmo se pode dizer do PTC. Dos que já declararam apoio para Gustavo, PL, PSB e Podemos são os que oferecem maior estrutura para a eleição estadual. Juntos, os três elegeram 24 prefeitos goianos (10% do total) em 2020. Estão entre os dez partidos com maior tempo de TV para o horário eleitoral e também contam com bom fundo partidário.
Por isso, Gustavo Mendanha sonha com o apoio do PP (que praticamente fechou com Caiado), do PSD ou Republicanos (que preferem estar na chapa do governador). O problema, para o prefeito de Aparecida de Goiânia, é que as opções estão ficando escassas. Dos 20 maiores partidos hoje, oito já estariam fechados com Caiado: PSL e DEM (que vão virar uma legenda só), MDB, PDT, Solidariedade, PTB, PSC e Cidadania. O PP falta pouco para isso. O PT e o PSDB devem lançar candidato próprio ao governo estadual. Restam, então, PSD e Republicanos, além do Patriota, PSOL e PCdoB.