O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou à cúpula do Legislativo que o governo prepara um pacote fiscal para 2025 prevendo uma economia entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões, com um aperto ainda maior, R$ 40 bilhões, para o ano seguinte.
Ao longo da semana passada, ele se reuniu separadamente com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com líderes no Congresso para apresentar linhas gerais desses planos.
De acordo com interlocutores, um dos principais pontos é a mudança no critério de reajuste do salário mínimo, cujo ganho real oscilaria somente entre 0,6% e 2,5% – o mesmo intervalo de crescimento de gastos do arcabouço fiscal.
Mercado imobiliário
Em reunião com o ministro Fernando Haddad, o setor de construção pediu a ampliação dos descontos de impostos, atualmente previstos em 40% na proposta de reforma tributária que tramita no Congresso.
Nos segmentos de incorporação e loteamento, os empresários pedem um desconto de 60%, enquanto o setor de locação vai além e pleiteia 80%. A Fazenda diz, porém, que a proposta atual não trará aumento da carga tributária, não sendo necessário elevar o desconto da alíquota setorial.
A área imobiliária também pede um tempo maior de transição nos regimes tributários, planejada para nove anos, alegando que os negócios do setor são todos de longo prazo.