A fábrica do Grupo Hypera Pharma, localizada em Anápolis, vai produzir o medicamento Vabam, que é o nome comercial da rivaroxabana, um anticoagulante que tem aplicações em especialidades médicas como cardiologia, geriatria, ortopedia, pneumologia, neurologia e angiologia. A rivaroxabana é recomendada para tratamento da fibrilação atrial e da trombose venosa profunda, doenças que podem resultar em sequelas graves caso não tratadas de maneira adequada. Além disso, também é utilizada na prevenção do tromboembolismo venoso em pacientes adultos submetidos a cirurgias ortopédicas de joelho ou quadril.
Conforme a empresa, a produção do medicamento Vabam, que deve chegar ao mercado no início de novembro, foi possível após a empresa obter no último dia 8 de outubro a obtenção do registro de fabricação e comercialização da rivaroxabana. Uma patente originalmente válida até junho de 2022 restringia a livre entrada de concorrentes no mercado da molécula no Brasil. Entretanto, em julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) impediu a concessão de prazos extras para patentes de medicamentos no país, decisão que acabou fixando a expiração da patente da rivaroxabana para dezembro de 2020. Em antecipação a esse movimento, o pedido de registro do Vabam, nome comercial do produto, foi protocolado ainda em outubro de 2020.
“A entrada de novas opções de tratamentos cardiovasculares vai reduzir custos para milhões de pacientes brasileiros, com maior aderência ao tratamento e diminuição do risco de ocorrência de danos sérios à saúde”, diz Breno Oliveira, CEO da Hypera Pharma. O mercado de inibidores do fator XA – maior classe terapêutica do segmento de medicamentos de prescrição no Brasil – registrou demanda no varejo (sell-out) superior a R$ 71,9 milhões, segundo dados do IQVIA relativos ao período entre janeiro e agosto de 2021.