O Censo Demográfico divulgado nesta sexta-feira (27/10) pelo IBGE indicou que o grupo de crianças de 0 a 14 anos em Goiás representava 20,3% em 2022. Esse valor era de 40,3% da população em 1980 e 24% em 2010. Destaca-se, portanto, o estreitamento da base da pirâmide no estado.
Simultaneamente, o topo da pirâmide se alargou. A participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 2,8% em 1980 e 6,3% em 2010, no total de homens e mulheres, passou para 9,2% em 2022.
O estreitamento da base da pirâmide e o alargamento do seu topo são fluxos que caracterizam uma população em envelhecimento e resultam da relação entre o processo de redução da fecundidade e mortalidade e variação do saldo migratório da população, ao longo dos anos.
O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. Esse índice chegou a 45,3 em 2022 para Goiás, indicando haver 45,3 idosos para cada 100 crianças. Em 2010, esse índice era de 26,1, evidenciando o processo de envelhecimento da população na unidade da Federação.
Idade média
O Censo Demográfico 2022 mostra que 181 municípios em Goiás possuíam percentuais de população de 65 anos ou mais superiores a 10%. Inclusive a capital (10,3%). E apenas três municípios apresentavam percentuais inferiores a 5%: Valparaíso de Goiás (4,7%), Águas Lindas de Goiás (4,0%) e Chapadão do Céu (3,6%).
Em Goiás, a idade mediana em 2022 era de 34 anos, pouco abaixo da média nacional (35 anos). Entre os municípios goianos, o com a maior idade mediana era Guaraíta (46 anos), 18 anos a mais do que a menor idade mediana registrada em Águas Lindas de Goiás (28 anos). Goiânia possuía a idade mediana igual à média nacional (35 anos).
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