Neste feriado do Dia do Trabalho, quarta-feira (1/5), em ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pedido de votos explícito ao pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL).
Isto é proibido pela legislação eleitoral em período de pré-campanha.
O Palácio do Planalto decidiu apagar das redes sociais oficiais do governo federal o vídeo do ato, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras lideranças no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.
A gravação estava hospedada no YouTube do CanalGov, mas foi deletada. A mesma transmissão, porém, segue disponível no perfil pessoal de Lula no YouTube.
Adversários como o MDB, partido de Ricardo Nunes, Marina Helena (Novo) e Kim Kataguiri (União Brasil) anunciaram a intenção de recorrer à Justiça contra o presidente e o pré-candidato do PSOL.
Durante o discurso, Lula referiu-se a Boulos como candidato, embora o período oficial de convenções e registros de candidatura só se inicie em julho.
Congresso
Ainda no discurso, Lula elogiou a redução de atritos com o Congresso, que aprovou “todos os projetos de acordo com os interesses do governo” por “competência dos ministros e deputados que aprenderam a conversar em vez de se odiarem”.
Apesar da tentativa de minimizar o clima tenso em relação à popularidade de seu governo, Lula criticou a organização do ato, que teve um número baixo de público. A fala do presidente estava prevista para o meio-dia, mas atrasou duas horas.
Leia também: TSE multa Lula por vídeo que ofende Bolsonaro