O governo de Ronaldo Caiado (DEM) enviou nesta semana para a Assembleia Legislativa, que realizará sessões extras até a próxima terça-feira, para criar o programa de incentivos fiscais voltado para o agronegócio: o ProGoiás Rural. O objetivo, segundo a justificativa do governo, é incentivar o desenvolvimento econômico das atividades agropecuárias e a geração de empregos e renda no Estado.
Aprovado o projeto, será concedido crédito outorgado do ICMS no porcentual de até 6%, aplicado sobre o valor da base de cálculo correspondente à operação interestadual com os produtos agropecuários. São eles: feijão, milho e peixe. A utilização do crédito outorgado é condicionada à contribuição para o fundo Protege Goiás no porcentual de até 15%, aplicado sobre o valor do benefício efetivamente usufruído, além de estar adimplente com o ICMS e não estar inscrito em dívida ativa estadual. O benefício fiscal não poderá ser utilizado em operações com mercadorias adquiridas para revenda e cumulativamente com outro benefício fiscal.
A Secretaria da Economia argumenta que os benefícios fiscais voltados ao agronegócio goiano foram concedidos por meio de leis específicas e não de programas de desenvolvimento rural e que o prazo de fruição estava limitado até dezembro de 2020. Contudo, o Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul mantiveram benefícios fiscais similares aos revogados em Goiás, deixando o agronegócio goiano em desvantagem.
Para reverter a situação, o projeto prevê a adesão ao programa de incentivos de Mato Grosso, mas restrito somente à operação interestadual. A Secretaria da Economia afirma que a renúncia de receita decorrente dos benefícios não afetará as metas de resultados fiscais do Estado.