O ano passado não foi o dos melhores, novamente, para a indústria e o comércio de Goiás. Segundo dados divulgados hoje (09/02) pelo IBGE, os dois setores econômicos registraram queda de produção e de vendas em 2021, principalmente no segundo semestre, demonstrando claro sinal de recessão da economia. A produção industrial goiana registrou queda de 4%, mesmo tendo crescido 8,8% em dezembro em relação a novembro do ano passado e 8,3% em relação a dezembro de 2020.
No ano passado, das oito atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, cinco registraram queda em Goiás: fabricação de produtos alimentícios (-5,6%) produção de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-9%); fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-21,8%), metalurgia (-16,3%) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-22,2%). Por outro lado, tiveram alta a fabricação de outros produtos químicos (10,4%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (13,9%) e produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (84,7%).
Comércio varejista
As vendas do comércio varejista goiano tiveram um avanço tímido de 0,4% em dezembro do ano passado, quando comparado com novembro de 2021, bem abaixo das expectativas do setor em se tratando de fim de ano. Quando comparadas as vendas de dezembro de 2021 com as do mesmo mês de 2020, houve recuo de 1,9%, demonstrando que o comércio goiano perdeu ritmo no final de ano. No acumulado de 2021 o resultado ficou negativo em 0,5%, portanto, sequer repondo a inflação (de 10%) no período.
Já em relação ao comércio varejista ampliado goiano, quando se inclui as vendas de veículos, motos, peças e de material de construção, o resultado é outro: as vendas avançaram 3,8% em dezembro de 2021, quando comparado com o mês anterior, e 8,5% quando comparado com o de dezembro de 2020. Assim, acumulou no ano aumento de 10,1%, pelo menos repondo a inflação acumulada.
Este aumento de 8,5% foi puxado principalmente pelas vendas de veículos, motos e peças, com crescimento em 2021 de 36,9%. O setor apresentou onze taxas positivas e acumulou no ano um aumento de 35,2%, a maior alta acumulada em um ano da série histórica, iniciada em janeiro de 2001, um reflexo da retomada da atividade que foi tão impactada em 2020.