A produção industrial de Goiás registrou alta de 1,4% no ano passado. O resultado aponta retomada de crescimento, após queda de 3,9% em 2021. E coloca o setor industrial goiano no quinto melhor desempenho do País. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expectativa da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) era de um crescimento de 2,5%. “Nossa previsão não se consolidou pela queda de 6,1% na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias. Mas, no geral, foi um bom resultado para o Estado”, afirma Cláudio Henrique, da assessoria econômica da entidade.
De acordo com o IBGE, a produção de etanol puxou o crescimento do setor industrial em Goiás. Isso porque a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou alta de 6,4% no acumulado de 2022. “Esse grupo possui maior peso no ano na composição da produção industrial goiana, principalmente por causa do álcool etílico, cuja fabricação foi a que mais contribui para o crescimento do ano”, explica o IBGE.
Outros segmentos
Outro destaque foi a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que acumulou alta de 11,3% no ano. Lidera o crescimento nesse grupo a fabricação de estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas.
Também terminaram 2022 com alta a indústria extrativa (3,3%), com destaque para castinas e pedras calcárias; fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%), principalmente os medicamentos; fabricação de produtos alimentícios (1,5%), realçando o açúcar cristal e o óleo de soja refinado; e fabricação de produtos de minerais não metálicos (0,8%), com destaque para as misturas betuminosas, o cimento “Portland” e a massa de concreto.
Entre as atividades que apresentaram queda em 2022, destacam-se a fabricação de produtos químicos, com variação negativa de 14,8%. Os principais produtos em Goiás são os adubos e fertilizantes. Da mesma forma, a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu 6,1% no acumulado de 2022. A queda se deve sobretudo à redução na fabricação de automóveis com motor a gasolina, álcool ou biocombustível.
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