A inflação de Goiânia, medida pelo IBGE, foi a maior do País em outubro: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 1,53%, a maior desde fevereiro de 2003. Adivinhe os culpados? Os preços dos combustíveis, energia elétrica e transporte público foram os que mais encareceram em outubro. Mas não foram apenas estes. O custo com transporte por aplicativo cresceu 27,5% em outubro e já acumula alta de 74,1% nos últimos doze meses em Goiânia. Já o gás de botijão também aumenta e o acumulado no ano já atinge 34,2%.
O IPCA aumentou em todo o País. Em outubro, acelerou para 1,25%, a maior alta para o mês desde 2002, quando o índice foi de 1,31%. Com isso, o indicador acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses no Brasil, já acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.). Foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.
A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras. Além gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%). Também aceleraram os preços das passagens aéreas (33,86%).
“A depreciação cambial e a alta dos preços dos combustíveis, em particular do querosene de aviação, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas. A melhora do cenário da pandemia, com o avanço da vacinação, levou a um aumento no fluxo de circulação de pessoas e no tráfego de passageiros nos aeroportos. Como a oferta ainda não se ajustou à demanda, isso também pode estar contribuindo com a alta dos preços”, explica gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
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