A inflação, medida pelo IPCA, subiu 1,16% no mês de fevereiro em Goiânia. A maior alta desde março de 2022, quando fechou em 2,1%. A variação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,28%. Enquanto o índice acumulado no ano é de 1,12%. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (12/3) pelo IBGE.
Apesar da alta de fevereiro, Goiânia teve a terceira menor inflação (1,16%) dentre as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE. Abaixo da capital goiana estiveram apenas Rio Branco (1,06%) e Fortaleza (1,03%). Os maiores índices foram registrados em Aracaju (1,64%), Campo Grande (1,62%) e Curitiba (1,55%).
Sem o desconto na conta de luz que ajudou a segurar a inflação em janeiro, no Brasil o IPCA fechou fevereiro em 1,31%. Também o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA brasileiro soma 5,06%, o patamar mais alto desde setembro de 2023 (5,19%). E acima da meta de 3% do Banco Central, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, intervalo de 1,5% a 4,5%.
Goiânia
Os grupos que mais impactaram a inflação de Goiânia em fevereiro deste ano foram os de habitação (4,69%) e de educação (5,23%). Dentre os itens e subitens que os compõem, destacam-se o aumento de 15,62% da tarifa de energia elétrica residencial e de 6,43% de cursos regulares.
Os grupos de transportes (0,31%) e de alimentação e bebidas (0,45%), que possuem os maiores pesos na cesta de compras das famílias em Goiânia com rendimento de até 40 salários mínimos, também registraram aumento. Mas em índices abaixo do geral.
A desaceleração da alta de preços nesses setores que, em janeiro, registraram inflação de 1,46% e 0,72%, respectivamente, se deve às reduções dos preços das passagens aéreas (-26,67%), das carnes (-1,88%) e do arroz (-3,09%).
Menor renda
O INPC, que mede a inflação para as famílias mais pobres, registrou alta de 1,01% no mês passado em Goiânia, percentual menor que o do IPCA (1,16%). Isso indica que os aumentos de preços da energia elétrica residencial e dos cursos regulares registrados pelo IPCA tiveram menor impacto para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários mínimos.