Novembro marcou o 36º mês consecutivo de alta na inflação da alimentação fora do lar no Brasil. O índice cresceu 0,88% no período, mais que o dobro da inflação geral brasileira, que foi de 0,39%. Segundo análise da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e da consultoria Future Tank, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As 16 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE registraram inflação no setor em novembro. Minas Gerais (+1,45%), Goiás (+1,33%) e Rio de Janeiro (+1,31%) apresentaram as maiores altas. Já São Paulo, maior mercado consumidor do país, teve o menor aumento, com variação de +0,54%.
Quase todos os itens ofertados em bares e restaurantes registraram inflação no mês avaliado. Os maiores aumentos foram refrigerantes e água mineral (+1,28%) e lanches (+1,11%). Na contramão, apenas dois itens apresentaram deflação: vinho (-0,99%) e o cafezinho (-0,77%).
Acumulado
No acumulado de janeiro a novembro, os preços do setor subiram 5,04%, percentual acima da inflação geral brasileira no período, que foi de 4,29%. O Distrito Federal (+6,89%) lidera as variações no acumulado do ano. Enquanto o Maranhão registrou a menor inflação setorial, com alta de 3,66%.
Entre os itens mais impactados no acumulado do ano, o sorvete teve a maior alta de preços (+7,71%), enquanto o vinho foi o único produto a registrar queda expressiva com deflação (-8,06%).
“Mesmo em um cenário de crescimento sustentável, a inflação no setor de alimentação fora do lar impõe desafios aos empresários. É essencial buscar estratégias que equilibrem custos, mantenham a qualidade do serviço e atendam às expectativas dos consumidores”, afirma Fernando Blower, diretor-executivo da ANR.
Apesar dos desafios, Blower mantém uma visão otimista para o setor. “A maioria dos empreendedores tem mostrado resiliência e capacidade de adaptação. Acreditamos que será possível superar as adversidades e continuar contribuindo para a economia brasileira”, finaliza.