O Ministério da Saúde vai reduzir de três meses para 21 dias o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer, como já está previsto na bula do imunizante. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, o intervalo da AstraZeneca não deve ser modificado, uma vez que a resposta imunológica dessa vacina é maior com o prazo mais amplo.
Um reflexo da imunização das pessoas de mais idade é que as mortes por Covid-19 têm se concentrado em faixa etárias mais jovens. Nos primeiros sete meses deste ano, o número de óbitos de pessoas entre 30 e 49 anos triplicou, num crescimento muito maior que entre outras faixas. Além de uma tragédia humanitária, é um problema econômico, pois esse é o grupo etário considerado mais produtivo na população.
Ontem o Brasil rompeu, como era esperado, a marca de 550 mil mortos. Foram registradas 587 mortes, totalizando 550.586 vítimas. A média móvel de mortes em sete dias caiu para 1.101, mas segue num patamar muito elevado. A situação é agravada pela circulação de variantes e pelo ritmo lento da vacinação. Apenas 17,96% da população já recebeu duas doses.