As invasões de terras no Brasil cresceram nos primeiros meses do governo Lula (PT), segundo levantamento do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com base em dados da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), já chegaram a 56 de janeiro a abril deste ano no País. Trata-se de um aumento de 143% comparadas com as invasões em todo o ano passado (23 no total).
O número deste ano empatou com o total de 2016, com 57 invasões de terras. Foi o primeiro ano do governo de Michel Temer (MDB), após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). De lá até 2022, o número só caiu ano a ano, chegando a 11 invasões em 2019 e 2020.
O levantamento mostra também que o período de maior número de invasões promovidas pelo Movimento Sem-Terra foi justamente nos governos do PT, principalmente nos dois primeiros do presidente Lula. Em 2005, foram 221 registros, chegando ao pico de 298 em 2007. A partir daquele ano, houve tendência de queda, mas de forma gradual, chegando a 140 invasões em 2013 e 182 casos em 2015.
Governo
O PL reconhece que os ministros Carlos Fávaro (da Agricultura) e Paulo Teixeira (do Desenvolvimento Agrário) trabalham para acalmar os ânimos (saiba mais aqui). Mas acusa o governo Lula de nomear 7 superintendentes regionais do Incra nomes com nomes indicados pelo MST, além de incluir o movimento no Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o “Conselhão”.
“Não há dúvidas que o MST se tornou braço político da ala radical do governo e se perdeu em sua suposta agenda da reforma agrária ao invadir terras produtivas e impor sua participação na política através de invasões a órgãos públicos. A boa notícia foi a leitura para criação da CPI do MST, que irá investigar o aumento das invasões neste ano”, afirma o PL em nota.
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