As possíveis mudanças no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) anunciadas pelo governo de Goiás esquentam o debate entre os deputados de oposição e os da base governista na Assembleia Legislativa. O deputado Mauro Rubem (PT) voltou a criticar a proposta do Executivo. “Trata-se de um plano de saúde que existe há 62 anos, da época de Mauro Borges, e que tem como responsabilidade cuidar da vida de 600 mil pessoas”. Disse ainda “que o governador Ronaldo Caiado está propondo acaba com o Ipasgo”.
Na semana passada, o governo de Goiás anunciou que o Ipasgo deve deixar de ser uma autarquia estadual para se transformar em um Serviço Social Autônomo (SSA), conforme determinação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE).
O deputado Gugu Nader (Agir) criticou o colega por “fazer sensacionalismo com um projeto que nem está definido”. “Vamos esperar o projeto chegar. O mais certo é debater com o que temos em mãos, e não fazer previsão. Nós não somos meteorologistas”, disse. Mauro Rubem retrucou: “O governo tomou a decisão errada e nós estamos trabalhando para mudar de posição, porque a decisão do Executivo é acabar com o Ipasgo”, disse.
Privatização
O deputado Wilde Cambão (PSD) argumentou que o governo de Goiás tem atendido a recomendações do TCE-GO. Frisou que o diálogo é o melhor caminho para aprimorar as discussões sobre o tema. “Todos querem que o Ipasgo continue sua ação em prol dos servidores e com o respaldo do governo do Estado”, frisou.
A questão fundamental, segundo Cambão, é orçamentária. E enfatizou que o governo não pretende privatizar o Ipasgo. O objetivo, segundo o deputado, é a saída do instituto da conta geral do Estado. Lembrou ainda que o projeto ainda não chegou na Alego e reforçou que a Casa é o lugar ideal para o debate em busca dessa solução mais adequada.
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