No 47º dia de guerra, Israel aprovou um acordo com o Hamas de libertação de reféns em troca de palestinos presos. Até 80 dos quase 240 sequestrados podem ser libertados. Inicialmente, 50 serão soltos em troca de 150 mulheres e menores palestinos. Isso ocorrerá durante um cessar-fogo temporário de cinco dias. Outros 30 podem ser soltos posteriormente.
“Estamos diante de uma decisão difícil nesta noite, mas é a decisão certa”, afirmou o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, no início da reunião. Opositores alertaram que o acordo, que foi mediado pelo Catar, prejudicará a capacidade de Israel de garantir a libertação de todos os reféns e complicará a campanha militar para expulsar o Hamas de Gaza, além de ser difícil retomar a guerra depois do cessar-fogo temporário.
“Estamos em guerra e continuaremos em guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos: destruir o Hamas e devolver todos os nossos cativos e pessoas desaparecidas”, disse o premiê, destacando que todas as forças de segurança do país apoiam o acordo.
Guerra
“O governo israelense está empenhado em trazer todos os sequestrados para casa. Esta noite, o governo aprovou o esboço da primeira fase para atingir este objetivo, segundo o qual pelo menos 50 sequestrados – mulheres e crianças – serão libertados durante um período de quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, informou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Mas, sem dar mais detalhes sobre outras concessões, como a libertação de prisioneiros palestinos e a entrada de combustível e ajuda humanitária em Gaza. “A libertação de cada dez sequestrados adicionais resultará num dia adicional de descanso.”
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, comemorou o acordo, que chamou de “trégua humanitária”, mas cobrou um cessar-fogo permanente que preserve a vida dos civis palestinos. Os EUA defendem que a Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia, assuma o controle de Gaza no lugar do grupo terrorista Hamas, mas Israel resiste à proposta.
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