A partir desta quinta-feira (3/3) os deputados estaduais e federais já podem mudar de partido sem correr o risco de perderem o mandato. A janela partidária estará aberta até 1º de abril. Mas, antes mesmo disto, 39 parlamentares federais no País já deixaram a legenda pela qual foram eleitos em 2018. Entretanto, é um número bem menor em comparação com a legislatura passada, quando 117 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 24 de fevereiro de 2018).
Até o momento, o partido brasileiro mais beneficiado com as trocas partidárias foi o PL, que ganhou 11 deputados e perdeu apenas 3. Em seguida, o Republicanos recebeu 4 deputados e perdeu 1.
Dos 17 deputados federais de Goiás, pelo menos 7 podem mudar de legenda. A maioria para garantir um partido que ofereça melhor condições para tentar a reeleição. Mas também têm os parlamentares que vão trocar de legenda por conta de alianças para a eleição ao governo estadual. Uns, que estão hoje em partidos de oposição, querem ir para a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Outros vão fazer o caminho contrário: estão na base governista hoje, mas devem migrar para um partido que terá candidato de oposição a Caiado.
A fusão ou incorporação de partidos é outra motivação para mudança de legenda, especialmente fora do período da janela partidária. Em 2019, quando a cláusula de barreira passou a vigorar, houve a incorporação do Partido Republicano Progressista (PRP) ao Patriota; e do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Três deputados do PRP optaram por seguir para outras legendas: PSL, PL e PSD.
No ano passado, o TSE aprovou o pedido de incorporação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) ao Podemos (Pode). No entanto, seis deputados do PHS foram para outras legendas: três para o PL, dois para o PP e um para o DEM.
A expectativa é que as trocas durante a janela partidária alterem a composição das bancadas na Câmara dos Deputados. O partido União Brasil, resultante da fusão do PSL com o DEM, conta atualmente com a maior bancada, de 81 integrantes. Antes da fusão, o PSL tinha a maior bancada, com 55 deputados. O segundo lugar permanece com o PT, com 53 deputados.
Nas eleições de 2018, 30 partidos elegeram representantes para a Câmara dos Deputados. Com a fusão recente e outras incorporações e trocas de legenda, o número de siglas caiu para 23.
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