O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira que (29/1) a Polícia Federal (PF) aumentou em 70% o número de apreensões de bens e dinheiro oriundos do crime organizado.
Segundo dados do balanço de 2024, as apreensões realizadas pela PF resultaram no valor total de R$ 5,6 bilhões. Número 70% superior ao de 2023 (R$ 3,3 bilhões).
No ano passado, a PF apreendeu 74,5 toneladas de cocaína, número 2,8% maior que a quantidade de 2023. Houve também aumento de 15% nas apreensões de maconha e de 20,7% na de ecstasy.
Para o ministro, o aumento no número de apreensões demonstra que a PF está descapitalizando o crime organizado no país. “Esses dados não apenas demonstram o êxito das operações, mas também o impacto direto na redução da capacidade de ação de facções criminosas em nosso país”, afirmou.
Armas de fogo
A PF também registrou queda de 11,6% nas emissões de registros de armas de fogo. Em 2023, foram 28.402 registros. No ano passado, 25.097 emissões foram feitas. As emissões de porte de arma caíram 30% e passaram de 2.469 (2023) para 1.727 (2024).
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a redução ocorreu por causa da política adotada pelo governo Lula (PT) para restringir a concessão de registros, que foram facilitados durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Fator Caiado
Pré-candidato a presidente da República, O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) tem sido um dos mais críticos do governo Lula em relação à segurança pública do país. Principalmente, no combate ao crime organizado. Disse que o governo do PT é “conivente” e “leniente” com a criminalidade.
Também critica portarias do governo que estabelecem diretrizes mais rigorosas para o uso da força por agentes de segurança no Brasil. “Realmente pode deixar claro que, com portarias como essa a conivência, a leniência do governo com a criminalidade fica mais do que clara”, disse no seu perfil no Instagram.
As portarias foram publicadas na semana passada pelo ministro da Justiça. Para Caiado, Lewandowski parece discutir a segurança pública da Suécia, país conhecido pela baixa taxa de criminalidade. Afirmou ainda que, se eleito presidente em 2026, vai tomar “medidas enérgicas” contra facções criminosas.
“Vamos dar medidas enérgicas capazes de poder fazer valer a presença do Estado, e não a submissão do Estado aos faccionados e ao crime do Brasil, como hoje é uma realidade, com exceção no meu Estado de Goiás”, enfatizou.