O ex-presidente Lula (PT) disse ontem (9/8) querer sentar para conversar com representantes do agronegócio brasileiro. Ele afirmou, inclusive, ter a intenção de se encontrar com os “mais raivosos”, mas com uma ressalva: “Precisa fiscalizar para ver se não estão armados”. A empresários reunidos em sabatina promovida pela Fiesp, Lula disse não entender por que os ruralistas seriam simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “Desafio alguém a dizer o que o Bolsonaro fez para o agronegócio”, disse.
Já Bolsonaro defendeu também ontem, mas em evento com representantes do agronegócio, o livre mercado e declarou que Lula deseja “regular a produção agrícola”. Defendeu ações do seu governo, citando a diminuição de invasão de terras e a concessão de títulos de propriedades rurais. Também falou sobre a permissão do porte de arma em toda a extensão de propriedades rurais, aprovada pelo Congresso. A negociação de fertilizantes com o governo russo também foi destacada pelo presidente.
Segurança reforçada
O clima beligerante nas redes sociais fez com que a equipe da Polícia Federal responsável pela segurança de Lula pedisse apoio às superintendências da corporação. Os agentes relataram “adversidades” e “episódios de violência” vividos pelo candidato petista este ano.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo em que Lula participa de um ritual de purificação num templo de matriz africana. A legenda o vídeo, publicado pela vereadora de São Paulo Sonaira Fernandes (Republicanos), diz que Lula “já entregou sua alma para vencer essa eleição”. Evangélica, Michelle vem subindo o tom no discurso religioso, procurando consolidar a base do marido nesse segmento.
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