O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, se filiou ao Republicanos, revelou hoje (20/4) a coluna Giro, do jornal O Popular. Ex-deputado federal pelo PL e MDB, o empresário é um dos principais apoiadores da pré-candidatura de Gustavo Mendanha (Patriotas) ao governo estadual. E ferrenho opositor ao governador Ronaldo Caiado (UB).
Segundo a coluna, a filiação foi sem alarde, dentro do prazo de seis meses exigido pela legislação eleitoral para quem quer disputar as eleições. O objetivo seria levar o Republicanos para uma aliança com Mendanha, podendo ocupar a vaga de vice-governador na chapa do ex-prefeito.
Para o jornal O Popular, Mabel confirmou a filiação, mas negou a possibilidade de ser candidato a qualquer tipo de cargo. “Me filiei porque saí do MDB depois da sacanagem que fizeram com o Gustavo e é ruim ficar sem partido. Não vou sair candidato. Tô quieto”, disse.
O ENTRELINHAS GOIÁS confirmou: o presidente da Fieg já enviou um “comunicado” para o grupo de presidentes de sindicatos filiados à Fieg reiterando que não vai disputar as eleições deste ano. “A minha intenção de disputar ou participar de eleições é zero. Quero continuar focado no trabalho na fieg e, junto com vocês, crescer ainda mais a nossa instituição”, disse.
Para ser candidato neste ano, Mabel teria de deixar a presidência da maior entidade empresarial de Goiás. Nos bastidores da Federação, o comentário é que o projeto do empresário seria chegar à presidência da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
No entanto, Mabel articula para levar o Republicanos para o colo de Gustavo Mendanha, que ainda não conseguiu uma aliança com musculatura suficiente para a eleição ao governo de Goiás. Seu objetivo é derrotar Ronaldo Caiado.
Só há um problema: o Republicanos do deputado federal João Campos, pré-candidato a senador, e do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, sinaliza cada vez maior interesse de fechar aliança com o governador. Mas faltam pouco mais de três meses para as convenções partidárias, no final de julho e início de agosto. Uma eternidade na política.
