O Censo Demográfico 2022 do IBGE revela um cenário preocupante no quesito saneamento básico em Goiás: mais de 26% da população ainda não tem acesso a um sistema adequado de esgotamento sanitário.
Enquanto a média nacional de atendimento pela rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede é de 62,5%, em Goiás esse índice cai para 52,2%.
Na ausência da rede de esgoto, a população recorre a alternativas como fossas sépticas e rudimentares, valas e até mesmo rios e córregos para o descarte do esgoto. Essa realidade, além de insalubre, contribui para a contaminação dos recursos hídricos e a proliferação de doenças.
O percentual de moradores que utilizam a fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede foi de 21,5% no estado. Isso significa que, em Goiás, mais de 1,8 milhão de pessoas não dispõem de um sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto.
Desigualdades
A disparidade no acesso à rede de esgoto é evidente entre as diferentes regiões do estado. O município de Itumbiara se destaca com a melhor cobertura, com 94,7% dos moradores são atendidos pela rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede.
No entanto, em municípios como Campinaçu, apenas 0,16% dos domicílios possuem ligação à rede, com 76,7% dos moradores utilizando fossa rudimentar ou buraco.
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