Mais de 80% das empresas goianas são sobreviventes. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26/10) pelo IBGE, em 2020 (primeiro ano da pandemia), Goiás tinha 186,4 mil unidades ativas. Destas, 151,4 mil (81,2%) são consideradas sobreviventes. Aliás, é o maior patamar no Estado desde 2008, quando se iniciou a série histórica. O restante, 18,7% do total (ou 35 mil empresas), é dividido entre 15,5% de novas empresas e 3,2% de reentradas (reaberturas).
A pesquisa mostrou que as empresas goianas empregavam 997,9 mil pessoas assalariadas em 2020, com salário médio mensal de 2 salários-mínimos (equivalente a R$ 2,1 mil). Aliás, as empresas sobreviventes destacaram-se também por absorver quase a totalidade do pessoal ocupado assalariado (95,9%) e dos salários e outras remunerações pagos no ano (98,3%).
Entretanto, as que entraram em atividade em 2020, tiveram participação de apenas 4% no pessoal ocupado assalariado de 1,6% no total de salários e outras remunerações. Nestas, a média salarial mensal é também menor: R$ 1.525.
Impactos da pandemia
Os dados também mostram o impacto do primeiro ano da pandemia na economia goiana. A atividade econômica que registrou a maior taxa de novas empresas foi eletricidade e gás (33,2%), com 91 unidades. Além das atividades de serviços (24%) e de informação e comunicação (22,9%).
Contudo, as atividades com as maiores reduções foram artes, cultura, esporte e recreação (- 21,9%), com saldo negativo de 42 unidades. Seguidas pelas atividades de alojamento e alimentação (- 18,1%). Convém lembrar que em 2020 vigorou vários decretos de isolamento social dos governos estadual e municipal.
Apesar disto, o saldo do número de pessoal ocupado assalariado em Goiás foi positivo em 2020: 16.718 pessoas. Mas, bem inferior ao saldo de 2019 (39.261 pessoas). Os segmentos que registraram maior número foram atividades administrativas e serviços complementares (saldo positivo de 4,7 mil), comércio e reparação de veículos (4,4 mil) e atividades de saúde humana e serviços sociais (2,3 mil).