Atualização (13h30): o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) confirmou nesta quinta-feira (4/8) em Goiânia que não será mesmo candidato ao governo de Goiás nas eleições deste ano. Não adiantou qual será o seu projeto, mas a maior probabilidade é de anunciar amanhã, na convenção do partido, que vai disputar uma das 17 vagas goianas para a Câmara dos Deputados. Embora uma candidatura ao Senado ainda não foi descartada pelo tucano.
A desistência por uma disputa ao governo estadual tem como principal justificativa a resistência na cúpula nacional do seu partido por uma aliança com o PT em Goiás, tida como essencial pelo tucano para viabilizar uma nova candidatura a governador.
No início desta semana comentou-se muito a possibilidade de Marconi Perillo disputar o governo tendo na vice a deputada estadual Adriana Accorsi (PT) e na vaga ao Senado o ex-governador José Eliton (PSB). Do lado dos petistas, o sinal verde foi dado. A presença da deputada Accorsi, que foi delegada-geral da Polícia Civil nos governos de Marconi Perillo, seria uma forma de agradar mais a militância tucana goiana.
Entretanto, apesar de muitas reuniões nesta semana em São Paulo, a direção nacional do PSDB não teria aprovado uma aliança com o PT em Goiás, o que certamente faria Marconi Perillo pedir voto para o ex-presidente Lula. O partido sempre defendeu que o ex-governador dispute uma vaga na Câmara dos Deputados, para garantir uma boa bancada federal tucana, fundo partidário e tempo de TV.
Na semana passada, Marconi Perillo já vinha preparando o terreno para anunciar uma candidatura a deputado federal. O que vai contrariar a maioria da militância tucana em Goiás, em que mais de 90% defende que ele dispute o governo estadual.